Após Arquimedes, só no século XVII, por volta de 1670, é que o processo definitivo, com a invenção do Cálculo Integral, simultaneamente por Newton, na Inglaterra, e por Leibniz, na Alemanha.
A ideia do método é, resumidamente, a seguinte: seja f(x) uma função contínua e "positiva" (f(x)≥0) num intervalo [a,b].
Vamos escolher no intervalo [a,b] uma sequência de pontos, que chamaremos de sequência de partição:
P=a=x0,x1,x2,⋯,xn−1,xn=b,sendo n≥2
com a condição:
a=x0<x1<x2<⋯<xn−1<xn=b
Cada intervalo terá a extensão dxi=xi−xi−1, sendo i=1,2,⋯n e nesse i-ésimo intervalo a função f terá os valores máximos e mínimos Mi e mi, respectivamente.
Escolhido um ponto amostral ¯xi nesse intervalo, a imagem f(¯xi) será com valor amostral de f.
A figura abaixo sugere os cálculos das seguintes áreas elementares:
midxi,f(¯xi),Midxi
Se variarmos o índice i de 1 a n, teremos os somatórios:
relativas à sequência de partição escolhida:
An=n∑i=1midxi⟶Soma inferiorBn=n∑i=1f(¯xi)dxi⟶Soma amostralCn=n∑i=1Midxi⟶Soma superior
Uma primeira propriedade dessas somas salta logo à vista:
An≤Bn≤Cn
Isto decorre da desigualdade mi≤f(¯xi)≤Mi e das propriedades algébricas das desigualdades.
Esses números An≤Bn≤Cn constituem atraentes aproximações da área S procurada (da região entre a curva e o eixo dos x, no intervalo [a,b]).
É de esperar também que se procure melhorar as aproximações, como era feito por Arquimedes: aumentando muito, muito mesmo, o número n de divisões de [a,b], isto levando certamente ao uso da palavra limite na procura da aproximação ideal, aquela que deverá ser considerada como, por definição, o valor da área S.
Para alguns tipos de funções, sendo as mais importantes as contínuas, prova-se que existe um, e somente um, número real S, tal que:
S=limn→∞An=limn→∞Bn=limn→∞Cn
desde que em cada sequência de partição a máxima extensão dxi tenda a zero. Portanto:
S=limn→∞n∑i=1midxi=limn→∞n∑i=1f(¯xi)dxi=limn→∞n∑i=1Midxi
desde que max(dxi)→0 e que esses limites sejam de fato iguais, isto é, que f(x) seja integrável em [a,b].
Esse número S recebeu o nome de Integral de f(x) no intervalo [a,b] e é indicado por:
S=∫baf(x)dx
Se tiramos a condição f(x)≥0, a integral acima pode não representar a área entre a curva no intervalo [a,b], como nos casos sugeridos pelas figuras seguintes:
∙∫baf(x)dx=−S

∙∫baf(x)dx=A−A1−A2

Referências
[1] Cálculo 1 - Luiz Mauro Rocha - Ed. Atlas, 1987Veja mais
Método de Integração por PartesMétodo de Integração por Substituição
Integração por substituição trigonométrica
Muito bom o post. As figuras ficaram muito boas e a idéia do Cálculo Integral foi muito bem explorada. Obrigado novamente pela citação do post no meu blog.
ResponderExcluirAbraços!!
http://fatosmatematicos.blogspot.com/
Olá professor. Teu blog está fechado apenas para convidados? Fiquei curioso para conhecer o conteúdo.
ExcluirAbs.
Clayton, o blog Fatos Matemático está fechado há algum tempo. Problemas com o editor de fórmulas acabou por deixar os posts ilegíveis. A falta de tempo do professor Paulo não permitiu que redigitasse os artigos. A solução foi bloquear o acesso.
ExcluirBem interessante a postagem!!! inclusive o site como um todo, pois ajuda bastante a nós licenciando na modalidade Ead que necessitamos de mais da net.
ResponderExcluirValeu!!!
Olá Joana,
ResponderExcluirFico feliz por te-la ajudado com este artigo. Bom estudos e volte sempre. Um abraço!
Eu definiria este post como uma verdadeira obra de arte! A segunda imagem mostrando as áreas inferiores e superiores é muito bem feita! Um dia eu chego lá ( rs ).
ResponderExcluirValeu amigo!
ResponderExcluirDesculpe se estiver errado, mas acho q no post onde voce esta falando sobre a partição, o Xn-1 é menor que o Xn. me corrija se eu estiver errado. Este blog é perfeito!!
ResponderExcluirOlá amigo, você está certo. Possivelmente um erro de digitação. Será corrigido.
ExcluirUm abraço!
Adorei o contesto como um todo.
ResponderExcluirCom grandeza de clareza e definição
Muito bem explicado. Parabéns!
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirExiste alguma forma de explicação de integral, de forma mais trivial?
Olá Paulo. A ideia básica da integral é uma soma de infinitas partes de largura infinitesimal. Para uma nova abordagem, teria que pensar sobre isso.
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